07/03/2011

Leituras de Mundo

Foi muito generosa a resenha e crítica feita pelo jornalisra e mestre Romar Beling na Gazeta do Sul e também a postagem no seu blog: Leituras de Mundo (http://www.gaz.com.br/blogs/leiturasdemundo/posts/3297-par_e_impar.html).
É com impulsos generosos como este que o autor estreante leva adiante a lapidação da sua arte bruta.

Par e ímpar, de Tatiana Druck. Porto Alegre: Mecenas; TAB Editora, 2010. 115 p.
O Par e ímpar configura a estreia de Tatiana Druck na poesia. E há no livro tudo o que rima com a melhor literatura. Carioca radicada em Porto Alegre, mereceu, a título de apresentação, palavras elogiosas de Luiz Coronel e Cíntia Moscovich – é egressa das aulas de criação literária do curso que Cíntia ministra. Mas nada é mais contundente do que seu próprio verso para confirmar a eficiência do seu radar na prospecção do mundo interior. Tatiana brinca, ousa, desarma, e de novo arma; a poesia tem, entre outras tantas virtudes, a delícia de subverter lógicas no amor, na dor, no desenraizamento, na arrogância. Onde a palavra poética reina, toda certeza e toda tristeza vivem sua quarta-feira de cinzas; a teoria é esquadro, a realidade é mão livre. Um drops, o poema Esboço: “Abriu a caixa / saiu da casa / perdeu o chão / quebrou a asa / pisou em vão / disse que sim / disse que não / pensou em esquadro / e rabiscou à mão”.

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