15/04/2011

SERIAL KILLER - em tempos de desarmamento


Que o pessoal da campanha de desarmamento não me ouça, mas eu não vivo sem o trabuco que guardo sobre o armário da sala. Nem vem. Nada como ter o poder na mão. É uma questão de autodefesa, é claro, mas confesso que também tem a ver com vontade de matar: aaahhh... não há sensação mais revigorante do que exterminar vidas assim.

Pode me chamar de assassina, revoltada, desequilibrada, o que for, mas há noites em que sonho com as vítimas caindo indefesas no chão. Penso naqueles corpos estatelando e então acordo com um sorriso implacável no rosto. Por favor, senhor Sarney, nem pense em tirar a arma do alcance dos meus objetivos.

Eu sei da importância da vida, do risco das práticas de violência, e que tem a coisa da perversidade e tal. Mas confesso que me dá água na boca quando enxergo um mosquito rondando e penso que com um só golpe sua vida poderá ser eletrocutada. Então corro até o armário e pego lá de cima a tal raquete elétrica: tzááá! – detono o inseto que me roubaria o sangue. É mortal. Melhor que bazuca. Êta sensação de poder.

Tem toda uma técnica de manejo para o peteleco elétrico: tem que chegar por trás do moscão. Não é requinte de crueldade, é precisão. Se não o mosquito percebe e frustra a emboscada. A regra é: abordar por trás, em silencio, sem pânico, e com convicção. Sim, sim, parece hediondo matar por trás. Mas e eles, que atacam enquanto estamos dormindo? Sangue por sangue, sou mais o meu. Fora a sensação de extermínio, que não tem preço.

Bom mesmo é quando estão em bando, três ou quatro, que aí vira chacina. Vão tombando em série, que delícia. Ninguém sai impune. Autoridade se adquire com a arma na mão. Sem isso, estamos vulneráveis.

E não me venha falar de tamanho, prevalecimento, desequilíbrio de forças, e blá blá blá. Injustiça é levar ferroada sem poder morder de volta o inimigo porque ele voou para trás da geladeira ou passou por baixo da porta. Cada um com suas armas. Deixa eu manter a minha em cima do armário.

5 comentários:

  1. Funciona também com moscas???

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  2. É claro! Mas com a mosca inverte-se o golpe, pois dizem que tem olhos facetados com visão 360o, então o ataque tem que ser frontal. Ela praticamente se suicida! Ua-ha-ha!(som de fundo tétrico). Tenta!

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  3. D'accord, muito a propósito e bem escrito. Bj

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  4. Moscas são mais difíceis de exterminar. Confesso que sinto um pouco de receio ao liquidar o inimigo, mas meu companheiro adora acordar nas madrugadas e coloca-los num paredão de fuzilamento. Volta e meia acordo ao som de raquetadas.
    um abraço
    Dinorah

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  5. Entao...nunca tire a arma do maridão!!!
    O maior mata o menor antes que lhe coma vivo, não é assim a lei da selva?
    Beijo Dinoráh!

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