08/07/2015

DA MANDIOCA AO FUTEBOL




 Essa coisa da Dilma com a mandioca não me sai da cabeça.

Desde que a Presidenta garantiu que a Mandioca é nossa, durmo tranquila como se tivesse alguns milhões guardados no cofre. Ou como se eu fosse conselheira da Petrobrás, o que (parece) dá no mesmo.

Sim, porque pense bem: a Mandioca poderia não ser nossa, né? E nesse caso não comeríamos o angu quente pelas beiradas, ora poish.

Ou, vamos lá, pior ainda: poderia a Mandioca a qualquer momento deixar de ser nossa, como quase aconteceu com o Cupuaçu, lembram? Por um tiquinho de nada o Brasil não o perdeu para uma empresa japonesa, que registrou a patente do Cupuaçu como se ele fosse, sei lá, um novo lançamento da Mitsubishi. É preciso lembrar: um tormentoso processo judicial é que assegurou a certidão amazonense do Cupuaçu e evitou que ele crescesse com os olhinhos puxados apesar desse nome de índio tupi tão legítimo.

Fiquei pensando: talvez traumatizada pelo Cupuaçu é que a Presidenta valorizou tanto a “conquista” nacional da Mandioca. Vá saber o que seria feito da Mandioca caso caísse nas mãos erradas.

O passado ensina.

Inclusive, aposto que Dilma, também vacinada com aquela gafe histórica de Ronald Reagan, não perdeu a oportunidade de reforçar a Barack Obama que o Brasil não é a Bolívia, just in case. E de comentar de cantinho que a nossa capital (Brasília, mister President, Brasíííliaaa) vai muito bem obrigada – aliás, melhor que Buenos Aires, a capital brasileira batizada por Bush. Não custa avisar, né? Mancadas acontecem nas melhores famílias presidenciais.

Mas Obama é implacável: em 2011 já havia deixado claro que conhecia Vasco e Botafogo, casualmente os finalistas este ano (que visão, hein?). Então agora enfatizou que os Estados Unidos veem o Brasil não como uma potência regional, mas sim global. Pudera, com tanta Mandioca, Cupuaçu e Futebol...

É uma forma de ver as coisas. O fato é que o comentário não pareceu improviso.
Há drones aos montes na Amazônia. E nos estádios de futebol também. Nem só de e-mails e telefones vive a espionagem, que o diga Edward Snowden.

Mas além de espionagem, esse governo americano tem muito estudo. E um olho atento no campeonato carioca de futebol.


O nosso, parece ter um olho atento no futebol e o outro na conquista da mandioca e (concluo) pouca atenção no estudo. Não custa avisar, afinal, mancadas acontecem nas melhores famílias presidenciais.

Um comentário:

  1. Oremos para que o Tio Trump, se eleito, não esteja querendo conhecer a nossa mandioca. Ele sabe que Temer não defenderá nossa maior conquista como fá-lo-ia a finada presidenta. A Petrobras (ou o que resta dela) eu não sei, mas a mandioca é nossa, ninguém tasca.

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