Essa
coisa da Dilma com a mandioca não me sai da cabeça.
Desde
que a Presidenta garantiu que a Mandioca é nossa, durmo tranquila como se
tivesse alguns milhões guardados no cofre. Ou como se eu fosse conselheira da
Petrobrás, o que (parece) dá no mesmo.
Sim,
porque pense bem: a Mandioca poderia não ser nossa, né? E nesse caso não
comeríamos o angu quente pelas beiradas, ora poish.
Ou,
vamos lá, pior ainda: poderia a Mandioca a qualquer momento deixar de ser
nossa, como quase aconteceu com o Cupuaçu, lembram? Por um tiquinho de nada o
Brasil não o perdeu para uma empresa japonesa, que registrou a patente do
Cupuaçu como se ele fosse, sei lá, um novo lançamento da Mitsubishi. É preciso
lembrar: um tormentoso processo judicial é que assegurou a certidão amazonense
do Cupuaçu e evitou que ele crescesse com os olhinhos puxados apesar desse nome
de índio tupi tão legítimo.
Fiquei
pensando: talvez traumatizada pelo Cupuaçu é que a Presidenta valorizou tanto a
“conquista” nacional da Mandioca. Vá saber o que seria feito da Mandioca caso
caísse nas mãos erradas.
O
passado ensina.
Inclusive,
aposto que Dilma, também vacinada com aquela gafe histórica de Ronald Reagan,
não perdeu a oportunidade de reforçar a Barack Obama que o Brasil não é a
Bolívia, just in case. E de comentar de cantinho que a nossa capital (Brasília,
mister President, Brasíííliaaa) vai muito bem obrigada – aliás, melhor que
Buenos Aires, a capital brasileira batizada por Bush. Não custa avisar, né?
Mancadas acontecem nas melhores famílias presidenciais.
Mas
Obama é implacável: em 2011 já havia deixado claro que conhecia Vasco e
Botafogo, casualmente os finalistas este ano (que visão, hein?). Então agora
enfatizou que os Estados Unidos veem o Brasil não como uma potência regional,
mas sim global. Pudera, com tanta Mandioca, Cupuaçu e Futebol...
É
uma forma de ver as coisas. O fato é que o comentário não pareceu improviso.
Há
drones aos montes na Amazônia. E nos estádios de futebol também. Nem só de
e-mails e telefones vive a espionagem, que o diga Edward Snowden.
Mas
além de espionagem, esse governo americano tem muito estudo. E um olho atento
no campeonato carioca de futebol.
O
nosso, parece ter um olho atento no futebol e o outro na conquista da mandioca
e (concluo) pouca atenção no estudo. Não custa avisar, afinal, mancadas
acontecem nas melhores famílias presidenciais.
Oremos para que o Tio Trump, se eleito, não esteja querendo conhecer a nossa mandioca. Ele sabe que Temer não defenderá nossa maior conquista como fá-lo-ia a finada presidenta. A Petrobras (ou o que resta dela) eu não sei, mas a mandioca é nossa, ninguém tasca.
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